A citricultura é uma cultura muito importante e lucrativa para o nosso país, visto que o Brasil é o maior produtor de laranja do mundo. A safra 2019/2020 teve uma produção de 384,87 milhões de caixas (de 40,8 kg), sendo que 70% dela é destinada à fabricação de suco.
Uma das principais commodities brasileiras, o suco de laranja é exportado para a União Europeia, Estado Unidos, China, Japão, Suíça, Coreia do Sul, entre outros. Tais exportações movimentam mais de US$ 1,5 bilhão por ano.
Além da laranja, o país também tem grande produção de tangerinas, limas e limões. Em 2019, as exportações de limas e limões alcançaram cerca de 94 milhões de dólares, sendo a Holanda e o Reino Unidos os maiores compradores.
Os desafios dos citricultores são diários na missão de produzir bem. A seguir, listamos as principais doenças que afetam os frutos cítricos no Brasil:
A primeira e mais presente é o greening. Esta doença ameaça constantemente a produção de citros atualmente, não apenas no Brasil, mas no mundo todo. Causada por bactérias do gênero Candidatus Liberibacter, e transmitida pelo psilídeo Diaphorina citri, essa doença é responsável pelo definhamento da planta e por quedas drásticas na produção.
A segunda é o cancro cítrico, também causada por bactéria, nesse caso, a Xanthomonas citri — cuja disseminação se dá no campo por meio da água da chuva associada aos ventos, pela irrigação, e, ainda, através de maquinários, pessoas e veículos que transitam pelos pomares contaminados. De origem asiática, seu primeiro registro no Brasil é de 1957.
O amarelinho, conhecido como Clorose Variegada dos Citros (CVC), é outra doença causada por bactéria, sendo a Xylella fastidiosa a responsável. A atuação da bactéria nessa doença acontece, especificamente, no xilema da planta levando a uma obstrução dos vasos responsáveis pelo fornecimento de água e nutrientes. Por conta disso, os prejuízos são bastante acentuados.
Diferente das anteriores, a gomose é uma doença causada por um oomiceto (primo do fungo), que vive no solo. A Phytophthora parasitica e P. citrophthora são quem causam a doença, muito comum em regiões de clima subtropical.
A melanose é uma doença muito prejudicial em pomares de idade mais avançada sendo causada pelo fungo Diaporthe citri. Seus sintomas atingem apenas a parte externa das frutas e a incidência dela tem aumentado com o passar dos anos no país.
Se tratando do problema de pinta preta dos citros, que é causada pelo fungo Phyllosticta citricarpa, a doença também atinge os pomares mais velhos. A multiplicação desse fungo acontece, principalmente, em frutos, folhas e ramos secos, além de folhas caídas no chão. Trata-se de uma doença cujo controle ocorre pela catação de folhas ramos e frutos afetados pela doença e que se encontram caídos no chão, e isto representa um alto custo para o produtor.
Por último, e não menos perigosa, a leprose dos citros atinge, principalmente, laranjeiras doces. Essa doença é causada pelo vírus Citrus leprosis e é transmitida pelo ácaro Brevipalpus phoenicis. Trata-se de uma doença que acomete mais regiões cujo clima é tropical e subtropical, sendo os continentes das Américas os mais afetados. A leprose dos citros foi identificada pela primeira vez no Brasil em 1933.
Fonte: www.citrusbr.com
Sabemos que, para a nutrição das culturas, é preciso uma adubação equilibrada e que supra as necessidades da plantação, como pH adequado para absorção de nutrientes, fonte de energia para a planta e microrganismos do solo. Para isso, os fertilizantes organominerais fluidos surgem como uma excelente alternativa na hora do manejo, pois, além de nutrir as plantas, apresentam pH adequado e complexados para que os elementos formulados sejam rápida e completamente absorvidos.
Quanto a isso, o fertilizante organomineral fluido se torna uma ótima opção, visto que combina uma fonte orgânica de carbono com os minerais que a planta necessita para crescer e produzir bem. Tudo isso no estado líquido, trazendo maior facilidade no transporte, armazenamento e na aplicação do produto.
Os organominerais auxiliam a entrada dos nutrientes complexados na planta. Sua fração orgânica é fonte de energia, aminoácidos, e/ou ácidos fúlvicos, a partir do extrato de algas do gênero Aschopyllum. Quando combinam macro e micronutrientes na sua formulação, conseguem agir em todo o metabolismo da planta, acelerando a produção de proteínas e açúcares.
A aplicação dos fertilizantes organominerais fluidos pode ser feita via foliar, via solo e via fertirrigação, podendo também ser misturados com outros produtos compatíveis, facilitando assim o manejo da aplicação.
Importante: os fertilizantes de alta tecnologia (Classe A) têm como característica o processo de complexação, que opera como garantia de penetração do nutriente que será aplicado. Esse processo facilita a entrada do nutriente via folha ou raiz, agindo mais rapidamente na reposição dos minerais para a planta.
O engenheiro agrônomo da Amazon AgroSciences e especialista em citros, Luís Fernando Buso, nos indica os seguintes cuidados com os citros:
1- Fazer análises de solo e de folhas
O sucesso da produção é a sanidade das plantas, e isso não se baseia somente no cuidado das pragas e doenças do pomar. O estado nutricional das plantas nos dá um panorama geral do cultivo e mais do que isso, nos mostra como agir para que as necessidades sejam supridas.
1.1 – Análise foliar
A análise de folhas vai auxiliar nas recomendações de adubação, tanto via solo, quanto pulverizado. Ela determina as concentrações de nutrientes presentes nas amostras de folhas coletadas em determinada fase do crescimento da cultura.
Para os citros, o procedimento é coletar as folhas na altura média da planta, cerca de 1,6 a 1,8 metros, em cada quadrante da planta. A coleta precisa ser de folhas totalmente desenvolvidas, normalmente a terceira/quarta folha do ramo.
2- Manejar o mato de forma eficiente no cultivo de citros
As plantas daninhas são organismos que competem por água, luz e nutrientes com o pomar de citros. O manejo correto das plantas daninhas, tanto por controle químico, como por controle mecânico é essencial para um cultivo de alta qualidade.
A utilização de herbicidas para o controle das daninhas normalmente é intensificado no período das chuvas – novembro a março, dependendo da região. Essa prática pode ser feita de forma pré-emergente, ou seja, são aplicados ao solo, com o objetivo de inibir a germinação das plantas daninhas por um certo período.
3- Podar e manejar as plantas do cultivo
Nos últimos anos o adensamento do pomar tem se tornado frequente. Plantas com menor espaçamento entre si, precisam ser podadas e manejadas de forma eficiente. A poda de formação é necessária para desenvolver a estrutura de sustentação da copa, evitar a quebra de ramos e tornar a planta mais equilibrada. Esse manejo pode ser feito de maneira manual ou com maquinário específico.
4- Realizar um correto manejo fitossanitário
Sabemos que os citros sofrem com pragas e doenças em todo o seu ciclo de produção. Para mantermos uma boa sanidade do pomar e garantir que não ocorram prejuízos na produção, o manejo fitossanitário tem que ser feito corretamente.
Hoje, temos o psilídeo (Diaphorina citri) como uma das principais preocupações no controle. O inseto que transmite o greening precisa ser controlado, já que a doença ainda não tem cura. Para isso, a aplicação de inseticidas precisa seguir uma programação eficiente, que deve ser ajustada com o técnico responsável pelo manejo.
Para complementar no manejo do greening, o GRANBLACK vem como um tratamento para o pomar. Fertilizante organomineral classe A, o GRANBLACK é um complemento da sua estratégia de manejo, ajudando no destravamento das plantas.
5- Manter a sanidade dentro e fora do pomar
Evitar a entrada de pragas e doenças no pomar é uma das principais práticas para manter a sanidade do cultivo de citros. Para isso, ter estruturas como um rodolúvio na entrada da propriedade fazem com que a incidência destas moléstias seja diminuída. A desinfestação dos veículos, tanto carros de passeio quanto caminhões de transporte de frutos, auxilia na menor disseminação de cancro cítrico, e ter um rodolúvio funcional e/ou utilizar a pulverização manual é necessário para o manejo da doença.
Não vá ainda!